segunda-feira, 31 de agosto de 2009

desabafos de uma alma inquieta

Impulsiva; teimosa; arrogante; fria; racional; lógica; sarcástica; irônica; alienada; negligente.
Idealista; mandona; perfeccionista; séria; fiel à seus valores; forte; decidida; exigente.
Afável; amiga; carinhosa; sensível; sentimentalista; doce; preocupada até demais; romântica.
Frágil; ingênua; carente; indecisa; insegura; insatisfeita; indefinida.
Inteligente; corajosa; leal; protestante; revolucionária; deslocada; gauche.
Psicóloga; advogada; mãe; professora.

É muito chato ter de lidar com uma combinação explosiva dessas... eu tenho pensado seriamente em mudanças...
É muito difícil e pesado balancear o amor-próprio e a vontade própria. É muito difícil não me trair e sair feliz. É muito pesado não mudar pra agradar.
É muito difícil ser sozinha, encarar tudo isso sem alguém que seja parecido e diga 'olha, eu já passei por isso, você devia fazer tal tal e tal coisa'. Amigas, amigos, ajudam, claro, eu não os trocaria por nada, mas... não é a mesma coisa.

Eu não gosto de mim. Já tive frustrações demais. Decepções demais. Perdas demais...

domingo, 30 de agosto de 2009

Contradições

Impulsividade é seguir a emoção e o desejo antes do consentimento da razão.
Racionalidade é seguir a razão sem o consentimento da emoção.
Sentimentalismo é fechar os olhos e escancarar a porta do coração.
Frieza é viver de olhos escancarados e porta de acesso ao coração trancada.
Amar é uma oração com verbo intransitivo e sem advérbio de causa.
Odiar é um verbo transitivo bem direto, simples e necessitado de advérbios.
Decepção é uma expectativa mal-sucedida.
Expectativa é otimismo baseado em questões (não-intencionalmente) egoístas.

Errado é um conceito mutável, nato, indecifrável, indefinível, e muitas vezes imposto.
Certo também.
Ser normal é um conceito criado a cada época e geração, e varia de acordo com suas opiniões.
Ser estranho e "gauche" também.
Ser inteligente depende da sua ideologia, valores e ponto de vista.
Ser estúpido também.
Ser descolado é reconhecimento, característica e estado definido pela sociedade.
Ser deslocado também.

Até que ponto contradições são, de fato, contradições?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

esboço sobre o amor

Ele vem quieto, sem fazer cerimônia, mas arrasa com todos logo que chega.
Muda pensamentos, atos pessoas, ideologias. Move passeatas, contribuições. Mobiliza nações.
Esse é o poder do amor. Ele é a força mais poderosa que existe nesse mundo. Pois poucos têm dinheiro, compaixão, vontade ou determinação. mas todos amam, com certeza. De formas únicas, pessoais, porém, de longe, gerais.
O amor tem efeitos diferentes em cada um. Alguns odeiam amar, outros preferem não assumir, outros ainda têm vontade de motrar pro mundo inteiro.
Você pode amar um livro, ou uma música, ou um bicho de estimação. Mas é o amor pelo próximo que move o mundo.
(Em minha ingênua, vaga, e inexperiente visão) O amor mais bonito, e talvez o mais sofrido e intenso, é o amor jovem... tão cheio cheio reviravoltas, incertezas, ingenuidade. Tão cheio de mágoas altos, baixos...
Só sei que estar amando não se compara a estar feliz, impressionado ou inebriado. É uma junção disso tudo.
Os fracos pulam de uma pequena paixão a outra. Os fortes amam.
Porque apesar de maravilhoso e singular, tão complexo e indomável é o amor...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fantasma da Ópera

Há tempos venho adiando cada vez mais essa postagem... agora vai ser mais difícil do que nunca escrever algo sintético, porque tenho idéias demas na cabeça. Vejamos.

O grande conflito da ópera é o conflito interno vivido por Christine: a indecisão entre Raoul, um amigo e antigo amor de infância (que representa a inocência, a ingenuidade) e o Fantasma (que represena o lado carnal, o desejo). O Fantasma, durante toda a vida de Christine, a fez acreditar que ele era o seu "Anjo da Música" (um anjo que supostamente seria enviado pelo pai de Christine, que morrera quando ela inda era criança). O Fantasma mostra para Christine o seu mundo, o mundo da música, da noite, o sexo; tudo isso em uma música: The Music of the Night (A música da Noite). Apesar desse lado carnal, o Fantasma também se apaixona por Christine, e tem planos de fazê-la se casar com ele.

O Fantasma é um homem com metade do rosto deformado desde nascença, o que fez com que sua mãe o rejeitasse, e consequentemente ele foi parar em um circo cigano, sendo a principal atração: "O Filho do Diabo". Desde pequeno ridicularizado por todos, o Fantasma não conhece compaixão. O seu primeiro presente foi uma máscara, para cobrir sua deformidade. Ele também, apesar de amar Christine e querer o seu bem, acaba fazendo da vida dela (e dos outros) um inferno, porque ele a quer para si. A possessividade, o controle, mas também o carinho e o cuidado são características marcantes desse personagem cheio de faces.

A simbologia mais bonita é a máscara do Fantasma. Pois de um lado, ele é um homem bonito e sedutor, de outro, uma gárgula. Em um momento da ópera, Christine diz que não é a sa deformidade que a assusta, e sim o interior - pois o Fantasma não tem compaixão com o mundo, já que o mundo não a teve com ele. Esse é um dos motivos pelos quais Christine não o escolhe - ela se decepciona com os atos do Fantasma, que no começo se revela um (o Anjo da Música) e no final revela sua verdadeira face (o Fantasma da Ópera).
A música que marca o enredo é a "All I Ask of You", na qual Christine concretiza sua escolha, e o Fantasma demonstra a dor que sente, a decepção; pois tudo o que Raoul canta para Christine, ele também sente.

É uma ópera maravilhosa, a minha preferida. A cada vez que assisto descubro uma simbologia nova.

"Anywhere you go, let me go too. Christine, that's all I ask of you."