A cada palavra dita por cada um daquele ônibus ia despertando em cada coração mais e mais saudade, vontade de parar o tempo, lembranças, piadas internas, momentos que passaram juntos... Todos agora compartilhavam uma nostalgia, um aperto no coração mútuo.
Afinal, eles tinham de compartilhar uma nostalgia, mesmo. Cresceram juntos. Eram a segunda família de cada um ali presente. Apesar de algumas diferenças individuais, todos tinham as mesmas memórias, as mesmas histórias; todos sabiam de cor tudo relacionado à eventos da escola, pessoas que já passaram por lá - tanto professores quanto alunos - e todos tinham em mente um só pensamento: o quanto seria difícil deixar essa família de lado no ano seguinte.
Família que é família sabe das manhas de cada um. Sabe dos problemas, dos gostos, dos desgostos, e dos causos de cada um. Família que é família briga, discute, grita; mas depois se abraça, se desculpa e tem momentos ótimos junta. Família que é família sabe que não existe coisa pior que uma separação. Família que é família aguenta a cara de sono de cada um, aguenta o mau humor, aguenta as manias, aguenta os surtos, e, por mais que não admita, família que é família gosta e não se vê sem isso. E isso é a definição mais completa do que aquela sala descobriu ser, naquele momento.
9º ano 2OO9, nós somos uma grande família, e eu vou sentir uma falta imensa de vocês ano que vem.