E então, finalmente, o tão esperado 31 de Dezembro chega. Falta uma hora pro dia acabar, pro mês acabar, pro ano acabar, e eu estou aqui, pensando no que tudo isso significa. Do dia 25 até dia 31/12 é época de dietas, de promessas. De arrependimentos, perdão e muitos planos para o próximo ano que foram frustrados no ano que está se acabando.
Mal sabem as pessoas que o dia 31 não é dotado de nenhuma magia... Que o que engorda não é o que você come entre o Natal e o Ano Novo, e sim entre o Ano Novo e o Natal. Que a promessa que vale não é que foi feita, e sim a que foi cumprida. Que o arrependimento que vale não é o feito em desespero, mas sim o feito com sinceridade. Que o perdão que vale não é o conquistado por causa de solenidades de fim de ano, mas sim o que foi batalhado para ter sido conquistado. Que os planos que têm mais chance de realização não são os feitos no Ano Novo... e sim os feitos com integridade, sonhos e alguma base.
O Ano Novo não é uma data. Aliás, até é, mas as pessoas se esquecem de que é bem mais do que isso. Você é quem faz um ano novo. 2010 só será diferente de 2009 se você se empenhar para que isso aconteça. Tudo isso é muito clichê, mas clichês só são clichês porque todos sabem que é tão verdade que até irrita. Então... Não parem de beber coca-cola como promessa para conseguirem notas boas em 2010. Parem de vadiar e colocar outras coisas em primeiro plano. Assim o ano que vier será diferente.
E se vocês me dão licença, vou passar a falsa virada de ano (porque todos sabem que um ano dura 365 dias e seis horas - dica) com minha família, aninhada no sofá, com um sorriso no rosto e sonhos aninhados no meu coração. Passem bem.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
fim de ano
Sentou-se na cama e olhou para tudo aquilo. Expectativas, decepções, realizações, mágoas, amizades, cores, dores, e muitos amores. Lições. Erros. Melodias.
as coisas boas das ruins das essenciais. As essenciais, guardou num canto nomeado de "consciência". As coisas boas, num cantinho chamado "coração". As ruins... fragmentou e guardou apenas lições aprendidas, no canto de "crescimento".
Depois de mais um ano entendido, assimilado, compreendido, guardado, experimentado, doído, sofrido, apaixonado, enfim, vivido; ela respirou fundo e abriu as portas para mais um ano.
xx
Obrigada a todos que tornaram esse ano inesquecível.. Quem o fez, o sabe.
as coisas boas das ruins das essenciais. As essenciais, guardou num canto nomeado de "consciência". As coisas boas, num cantinho chamado "coração". As ruins... fragmentou e guardou apenas lições aprendidas, no canto de "crescimento".
Depois de mais um ano entendido, assimilado, compreendido, guardado, experimentado, doído, sofrido, apaixonado, enfim, vivido; ela respirou fundo e abriu as portas para mais um ano.
xx
Obrigada a todos que tornaram esse ano inesquecível.. Quem o fez, o sabe.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Masquerade,
paper faces on parade... masquerade! hide your face, so the world will never find you.
Sabe como é... é fácil ser você mesmo, mas é mais fácil ainda usar uma máscara de papel e ser outra pessoa.
Sabe como é... é fácil ser você mesmo, mas é mais fácil ainda usar uma máscara de papel e ser outra pessoa.
sábado, 12 de dezembro de 2009
O fim
Todos se olharam. Não havia mais nada para ser dito. Os pensamentos anteriormente verbalizados ressoavam na cabeça de cada um como fantasmas; como pequenas linhas de uma fumaça bem prateada rondando-lhes a cabeça; procurando por um modo de entrar. Mas nenhum dos existentes presentes queria deixar aquelas palavras entrarem, porque, assim, tomariam consciência do que viria a acontecer no próximo ano.
[Consciência dói. Consciência pesa. Adquirir consciência é um processo difícil de amadurecimento do indivíduo. Esse processo, todos sabemos, não costuma ser fácil e voluntário. Mas obviamente, é necessário. Mais do que isso, indispensável. Penoso também é tomar consciência de que o amadurecimento é requisitado.]
As pessoas foram se dispersando, com as palavras ainda rondando-lhes a cabeça. Ao passarem pela porta de saída do local, as palavras subitamente entraram-lhes na cabeça, surpreendentemente bem-aceitas, indubitavelmente entendidas. Um pequeno passo para um ano novo e repleto de novidades assustadoras.
[Consciência dói. Consciência pesa. Adquirir consciência é um processo difícil de amadurecimento do indivíduo. Esse processo, todos sabemos, não costuma ser fácil e voluntário. Mas obviamente, é necessário. Mais do que isso, indispensável. Penoso também é tomar consciência de que o amadurecimento é requisitado.]
As pessoas foram se dispersando, com as palavras ainda rondando-lhes a cabeça. Ao passarem pela porta de saída do local, as palavras subitamente entraram-lhes na cabeça, surpreendentemente bem-aceitas, indubitavelmente entendidas. Um pequeno passo para um ano novo e repleto de novidades assustadoras.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Dibs - continuação
Muito me questiono a respeito da minha certeza em relação a quem sou eu, e se alguma vez eu já me traí. Muitas vezes me pego pensando se nao seria mais fácil e vantajoso se eu seguisse outro caminho, contrário ao que eu penso. Outras tantas vezes eu me surpreendo pensando "mas, afinal, se eu estou considerando a hipótese de me trair, então eu estou mesmo sendo eu?, eu estou sendo verídica?, isso não mostra que tenho mais de uma face?".
Dibs, no livro, referia-se a si mesmo na terceira pessoa. Isso pode significar muitas coisas, mas, entre elas, isso transmitia o fato de ele não ter uma identidade consolidada, a ponto de não ter segurança o suficiente para falar de si mesmo na primeira pessoa. Ele transmite o que está sentindo, o que vai fazer e o que está pensando na terceira pessoa. Loucura? Não.
Pessoalmente, acho que Dibs estava apenas verbalizando o que se passava em sua cabeça. A confusão em relação à sua identidade principalmente. Afinal, quem nunca parou na frente do espelho e se cumprimentou, como se o reflexo fosse alguém diferente? Suponho que seja normal se questionar e se sentir confuso quando se trata do próprio caráter, porque o caráter é algo que está constantemente sendo construído e aperfeiçoado. Veja bem, não MUDADO - quando você constrói e aperfeiçoa algo, as bases não mudam.
O jeito de Dibs era bruto e irredutível. Com o passar do tempo, ele foi lapidando seu caráter e se adaptando ao mundo em que vivemos - porque, por mais diferenciado que você seja, você ainda mora no planeta Terra. (Sorte ou azar, um dia temos de aprender a conviver com nossos - biologicamente - semelhantes)
Dibs, no livro, referia-se a si mesmo na terceira pessoa. Isso pode significar muitas coisas, mas, entre elas, isso transmitia o fato de ele não ter uma identidade consolidada, a ponto de não ter segurança o suficiente para falar de si mesmo na primeira pessoa. Ele transmite o que está sentindo, o que vai fazer e o que está pensando na terceira pessoa. Loucura? Não.
Pessoalmente, acho que Dibs estava apenas verbalizando o que se passava em sua cabeça. A confusão em relação à sua identidade principalmente. Afinal, quem nunca parou na frente do espelho e se cumprimentou, como se o reflexo fosse alguém diferente? Suponho que seja normal se questionar e se sentir confuso quando se trata do próprio caráter, porque o caráter é algo que está constantemente sendo construído e aperfeiçoado. Veja bem, não MUDADO - quando você constrói e aperfeiçoa algo, as bases não mudam.
O jeito de Dibs era bruto e irredutível. Com o passar do tempo, ele foi lapidando seu caráter e se adaptando ao mundo em que vivemos - porque, por mais diferenciado que você seja, você ainda mora no planeta Terra. (Sorte ou azar, um dia temos de aprender a conviver com nossos - biologicamente - semelhantes)
conteúdo:
amadurecimento,
crescimento,
crianças,
cultura,
Dibs,
filosofia,
humanos,
integridade,
inteligência,
personalidade,
psicologia,
sentimentos,
sociedade
Dibs
Um tempo atrás comecei a perceber que uma das coisas mais difíceis hoje é manter-se íntegro e fiel ao que você acredita perante uma situação desafiadora e questionadora. Até aonde conseguimos ir? Quanto aguentamos, e em contrapartida, quanto somos capazes de aguentar?
Acabei de ler um livro que me marcou muito, o qual conta a história de um garotinho de seis anos, Dibs. Ele era bem difícil de se lidar, vivia sempre em sem mundo fechado, sem conversar. Com a ludoterapia, ele começa a se soltar, e a psicóloga vê a personalidade do garoto, a sua integridade e o seu caráter. E ela percebe que, apesar de todos os conflitos na escola e em sua família, ele se manteve o mesmo.
Isso é extremamente difícil para uma criança. Principalmente quando se tem um conflito com os pais - os pais são tudo para a criança, até uma certa idade. Mas Dibs conseguiu sozinho enfrentar a situação (de sua forma, errada, mas enfrentou) e manter-se o mesmo. Para a criança, e para Dibs, o essencial é sua família. Para o adolescente, presumo que os amigos assumam o papel principal. O adolescente, por estar construindo sua nova personalidade, sua nova mentalidade, e seus novos interesses, muitas vezes se deixa levar por amigos e opiniões alheias, esquecendo-se de formar uma opinião própria. Ou, em alguns casos, deixando suas opiniões próprias de lado.
Quanto isso pode interferir?, O quão difícil é manter-se 'você' nos dias de hoje?, Como não se deixar levar pela onda?, são coisas que eu venho me perguntando, e tenho achado, com algun esforço, respostas satisfatórias.
(continua)
Acabei de ler um livro que me marcou muito, o qual conta a história de um garotinho de seis anos, Dibs. Ele era bem difícil de se lidar, vivia sempre em sem mundo fechado, sem conversar. Com a ludoterapia, ele começa a se soltar, e a psicóloga vê a personalidade do garoto, a sua integridade e o seu caráter. E ela percebe que, apesar de todos os conflitos na escola e em sua família, ele se manteve o mesmo.
Isso é extremamente difícil para uma criança. Principalmente quando se tem um conflito com os pais - os pais são tudo para a criança, até uma certa idade. Mas Dibs conseguiu sozinho enfrentar a situação (de sua forma, errada, mas enfrentou) e manter-se o mesmo. Para a criança, e para Dibs, o essencial é sua família. Para o adolescente, presumo que os amigos assumam o papel principal. O adolescente, por estar construindo sua nova personalidade, sua nova mentalidade, e seus novos interesses, muitas vezes se deixa levar por amigos e opiniões alheias, esquecendo-se de formar uma opinião própria. Ou, em alguns casos, deixando suas opiniões próprias de lado.
Quanto isso pode interferir?, O quão difícil é manter-se 'você' nos dias de hoje?, Como não se deixar levar pela onda?, são coisas que eu venho me perguntando, e tenho achado, com algun esforço, respostas satisfatórias.
(continua)
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