segunda-feira, 12 de abril de 2010

Querida Luna,

Desculpe por não ter escrito. Eu não tenho tido muito tempo. As coisas por aqui também estão bem estranhas, pra falar a verdade. Quando li sua carta, fiquei muito assustada. Sabe, eu tenho trabalhado voluntariamente no asilo daqui. Outro dia, um senhor que eu nunca tinha visto estava andando quando deixou cair uma carta. Eu a peguei com a intenção de devolvê-la, mas vi o nome da nossa cidade e da biblioteca municipal no verso e algo me disse que eu deveria ficar com essa carta. Não sei o que está acontecendo, Luna, acho que tem alguém brincando conosco...
...Mas como a pessoa estaria brincando com nós duas ao mesmo tempo? Quero dizer, moramos em continentes diferentes agora. Vou fazer algumas pesquisas e ver o que nossas cidades têm em comum. Eu também me pergunto por que nunca fizeram nada disso com nós duas juntas.
Mas voltando. Abri a carta, e eu não entendi nada do que estava escrito. Presumo que sejam os mesmos criptogramas do seu mapa. Então estou mandando-a também, peça pro Roberto traduzi-la pra gente.
Mas Luna, faz uma coisa. Eu sei que na biblioteca tem uma sessão de livros de códigos e enigmas (já passei muito tempo lá com o Roberto, ele lendo e eu organizando, você sabe), você podia pesquisar sobre esse código das cartas especificamente... Veja de que época é, por quem era usado, ligue os pontos com a nossa cidade, com a biblioteca, com o que quer que seja, e me fale. Isso é realmente muito estranho. Eu vou tentar fazer a mesma coisa aqui.
Última coisa. Você conhece algo cujo símbolo é um S e um T entrelaçados por uma rosa, uma caneta dessas de tinta e um punhal?
Eu respondi o mais rápido que pude.
Então não me faça esperar muito.
É sério.
Felicitações,
Tina

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