quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

31 de Dezembro

E então, finalmente, o tão esperado 31 de Dezembro chega. Falta uma hora pro dia acabar, pro mês acabar, pro ano acabar, e eu estou aqui, pensando no que tudo isso significa. Do dia 25 até dia 31/12 é época de dietas, de promessas. De arrependimentos, perdão e muitos planos para o próximo ano que foram frustrados no ano que está se acabando.

Mal sabem as pessoas que o dia 31 não é dotado de nenhuma magia... Que o que engorda não é o que você come entre o Natal e o Ano Novo, e sim entre o Ano Novo e o Natal. Que a promessa que vale não é que foi feita, e sim a que foi cumprida. Que o arrependimento que vale não é o feito em desespero, mas sim o feito com sinceridade. Que o perdão que vale não é o conquistado por causa de solenidades de fim de ano, mas sim o que foi batalhado para ter sido conquistado. Que os planos que têm mais chance de realização não são os feitos no Ano Novo... e sim os feitos com integridade, sonhos e alguma base.

O Ano Novo não é uma data. Aliás, até é, mas as pessoas se esquecem de que é bem mais do que isso. Você é quem faz um ano novo. 2010 só será diferente de 2009 se você se empenhar para que isso aconteça. Tudo isso é muito clichê, mas clichês só são clichês porque todos sabem que é tão verdade que até irrita. Então... Não parem de beber coca-cola como promessa para conseguirem notas boas em 2010. Parem de vadiar e colocar outras coisas em primeiro plano. Assim o ano que vier será diferente.

E se vocês me dão licença, vou passar a falsa virada de ano (porque todos sabem que um ano dura 365 dias e seis horas - dica) com minha família, aninhada no sofá, com um sorriso no rosto e sonhos aninhados no meu coração. Passem bem.

sábado, 26 de dezembro de 2009

fim de ano

Sentou-se na cama e olhou para tudo aquilo. Expectativas, decepções, realizações, mágoas, amizades, cores, dores, e muitos amores. Lições. Erros. Melodias.

as coisas boas das ruins das essenciais. As essenciais, guardou num canto nomeado de "consciência". As coisas boas, num cantinho chamado "coração". As ruins... fragmentou e guardou apenas lições aprendidas, no canto de "crescimento".

Depois de mais um ano entendido, assimilado, compreendido, guardado, experimentado, doído, sofrido, apaixonado, enfim, vivido; ela respirou fundo e abriu as portas para mais um ano.

xx

Obrigada a todos que tornaram esse ano inesquecível.. Quem o fez, o sabe.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Masquerade,

paper faces on parade... masquerade! hide your face, so the world will never find you.

Sabe como é... é fácil ser você mesmo, mas é mais fácil ainda usar uma máscara de papel e ser outra pessoa.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O fim

Todos se olharam. Não havia mais nada para ser dito. Os pensamentos anteriormente verbalizados ressoavam na cabeça de cada um como fantasmas; como pequenas linhas de uma fumaça bem prateada rondando-lhes a cabeça; procurando por um modo de entrar. Mas nenhum dos existentes presentes queria deixar aquelas palavras entrarem, porque, assim, tomariam consciência do que viria a acontecer no próximo ano.

[Consciência dói. Consciência pesa. Adquirir consciência é um processo difícil de amadurecimento do indivíduo. Esse processo, todos sabemos, não costuma ser fácil e voluntário. Mas obviamente, é necessário. Mais do que isso, indispensável. Penoso também é tomar consciência de que o amadurecimento é requisitado.]

As pessoas foram se dispersando, com as palavras ainda rondando-lhes a cabeça. Ao passarem pela porta de saída do local, as palavras subitamente entraram-lhes na cabeça, surpreendentemente bem-aceitas, indubitavelmente entendidas. Um pequeno passo para um ano novo e repleto de novidades assustadoras.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Dibs - continuação

Muito me questiono a respeito da minha certeza em relação a quem sou eu, e se alguma vez eu já me traí. Muitas vezes me pego pensando se nao seria mais fácil e vantajoso se eu seguisse outro caminho, contrário ao que eu penso. Outras tantas vezes eu me surpreendo pensando "mas, afinal, se eu estou considerando a hipótese de me trair, então eu estou mesmo sendo eu?, eu estou sendo verídica?, isso não mostra que tenho mais de uma face?".

Dibs, no livro, referia-se a si mesmo na terceira pessoa. Isso pode significar muitas coisas, mas, entre elas, isso transmitia o fato de ele não ter uma identidade consolidada, a ponto de não ter segurança o suficiente para falar de si mesmo na primeira pessoa. Ele transmite o que está sentindo, o que vai fazer e o que está pensando na terceira pessoa. Loucura? Não.

Pessoalmente, acho que Dibs estava apenas verbalizando o que se passava em sua cabeça. A confusão em relação à sua identidade principalmente. Afinal, quem nunca parou na frente do espelho e se cumprimentou, como se o reflexo fosse alguém diferente? Suponho que seja normal se questionar e se sentir confuso quando se trata do próprio caráter, porque o caráter é algo que está constantemente sendo construído e aperfeiçoado. Veja bem, não MUDADO - quando você constrói e aperfeiçoa algo, as bases não mudam.

O jeito de Dibs era bruto e irredutível. Com o passar do tempo, ele foi lapidando seu caráter e se adaptando ao mundo em que vivemos - porque, por mais diferenciado que você seja, você ainda mora no planeta Terra. (Sorte ou azar, um dia temos de aprender a conviver com nossos - biologicamente - semelhantes)

Dibs

Um tempo atrás comecei a perceber que uma das coisas mais difíceis hoje é manter-se íntegro e fiel ao que você acredita perante uma situação desafiadora e questionadora. Até aonde conseguimos ir? Quanto aguentamos, e em contrapartida, quanto somos capazes de aguentar?

Acabei de ler um livro que me marcou muito, o qual conta a história de um garotinho de seis anos, Dibs. Ele era bem difícil de se lidar, vivia sempre em sem mundo fechado, sem conversar. Com a ludoterapia, ele começa a se soltar, e a psicóloga vê a personalidade do garoto, a sua integridade e o seu caráter. E ela percebe que, apesar de todos os conflitos na escola e em sua família, ele se manteve o mesmo.

Isso é extremamente difícil para uma criança. Principalmente quando se tem um conflito com os pais - os pais são tudo para a criança, até uma certa idade. Mas Dibs conseguiu sozinho enfrentar a situação (de sua forma, errada, mas enfrentou) e manter-se o mesmo. Para a criança, e para Dibs, o essencial é sua família. Para o adolescente, presumo que os amigos assumam o papel principal. O adolescente, por estar construindo sua nova personalidade, sua nova mentalidade, e seus novos interesses, muitas vezes se deixa levar por amigos e opiniões alheias, esquecendo-se de formar uma opinião própria. Ou, em alguns casos, deixando suas opiniões próprias de lado.

Quanto isso pode interferir?, O quão difícil é manter-se 'você' nos dias de hoje?, Como não se deixar levar pela onda?, são coisas que eu venho me perguntando, e tenho achado, com algun esforço, respostas satisfatórias.

(continua)

sábado, 28 de novembro de 2009

encontros

Olhei pela janela. Haviam muitos carros em volta.

Dentro dos carros, dos muitos carros, pessoas. Com seus destinos em mente, com sua agenda, programação, horário, responsabilidades, tarefas, e afazeres. E passa mais um carro, com mais uma pessoa. E outro, e outro. São tantas pessoas, e tantas situações diferentes em que elas vão se encontrar daí alguns minutos. Milhares de pessoas moram na mesma cidade que você. Milhares de pessoas vezes milhões de possibilidades de caminhos a seguir, escolas em que estudar, lugares para frequentar. As chances de desencontro são incalculáveis.

As de encontro então, nem se fala. É incrível pensar que, numa cidade tão grande, com infindáveis ruas e lugares e lojas e escolas, eu consiga achar pessoas tão certas. Não só amigos certos, mas conhecidos certos, com sorrisos e olhares reconfortantes. É engraçado como não paramos nunca pra pensar nisso.

E mais engraçado ainda é quando não nos damos conta de que a pessoa é a pessoa certa - e precisamos dar um giro de 360º pra perceber que tudo o que você queria estava na sua frente o tempo todo. Ou, no meu caso, na sala ao lado.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

a um amigo.

Eu me sento aqui sem saber bem o que falar. Afinal, foi seu aniversário de 18 anos ontem. É uma data importante. Mas como eu vou saber? Ainda faltam 3 anos e meio pra minha vez de fazer 18 anos chegar. Mas enfim.

Saiba que você tendo 18, 20, 25 anos, vai ser sempre o Luiz Fernando bobão que eu conheci um ano e alguns meses atrás. O mesmo bobão, viciado em filmes, em Arctic Monkeys, anos 50 e rock. O mesmo cara super talentoso, doce, mais irônico e sarcástico impossível, mas ainda assim doce. E o meu melhor amigo.

É engraçado. Eu nunca nem te vi, e você é uma parte essencial da minha vida. O quão estranho isso é? Sabe, eu não te vejo todos os dias, ou todos os fins de semana, ou ao menos todos mês, mas eu sei que você sempre vai estar lá (aí, que seja.) por mim. E pode apostar que eu vou estar (aqui) por você.

Sabe, as coisas mudam. Agora que você faz 18 anos, você pode ser preso! Seu banana, vai ter que ficar mais responsável, agora. Acorda, você está na faculdade. Que tal aprender a estudar, em vez de ficar vadiando e desenhando, hein? Pensa bem! Daqui alguns anos você vai se formar, e vai começar a trabalhar, e vai ter que começar a sustentar sozinho (enquanto eu ainda vou estar no colegial. foda-se). Enfim. Esse tipo de coisa muda. Mas uma coisa não vai mudar: a vontade que eu tenho que te dar uns pedalas. Sério.

De qualquer forma, Lulis, parabéns mesmo. Você tem um grande futuro pela frente, e tudo vai ficar mais difícil agora, eu te desejo força pra encarar tudo que Deus colocar na sua vida. Te desejo tudo de bom. Você é demais, cara. Claro! Se é o meu melhor amigo, tem que ser demais, hehe.

Não suma da minha vida, seu gay. Eu realmente não sei o que eu faria sem sua amizade.

domingo, 22 de novembro de 2009

O que nos torna humanos?

Um encéfalo desenvolvido? Um polegar opositor? A capacidade de raciocinar combinada com a capacidade - e necessidade - de sentir? Ou o conjunto disso tudo?
Depois de assistir ao filme '2012', fiquei pensando: o que torna a humanidade, de fato, a humanidade? Pra se chegar a uma conclusão, fazendo um paralelo com o filme, pensa-se: no filme, o que os indivíduos que dariam continuidade à raça humana se preocuparam em salvar?

Quadros, pinturas, livros, esculturas. Ao invés de salvarem 400 pessoas, salvaram um quadro de Da Vinci. Faz sentido isso? Não salvar um quadro nos tornaria menos humanos?
Existem 6 bi de pessoas no mundo. É inimaginável a quantidade de línguas, religiões, crenças, rituais e valores que existem. E vale mais a pena salvar dois ou três quadros, de um certo pintor, de um certo período histórico, que têm um certo valor em dinheiro, do que salvar 500 pessoas, de culturas diferentes, pensamentos, religiões, e origens?

O que tem mais valor? Um passado morto, que influenciou no que somos hoje, ou o presente, que influenciará no futuro? O que influenciará mais as gerações futuras? O estilo de Da Vinci ou descobertas de algum cientista japonês?

É claro que é importante guardar certas coisas do passado que marcaram nossa história. Porém, nós somos história viva. E por essa história ser viva, ela é construída e modificada a toda hora - não é a falta de um quadro ou uma escultura de 400 anos que vai modificar alguma coisa.

A arte é a criação. É algo extremamente belo e característico dos humanos. Mas o que tem mais valor: a criação ou a criatura?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

o brilho nos olhos

Nenhuma tarde, noite, dia, madrugada ou lusco-fusco eram mais em vão. Todos os seus dias agoram tinham um propósito, um significado e um hino. Todas os seus minutos eram iluminadas por música, todas as suas ações eram preenchidas por graça, todas as suas palavras eram coloridas por melodia.

A mudança no seu humor, espírito e sorriso estavam bem aparentes. Estava mais doce, mais suportável, até mais bem-humorada. O sorriso agora sorria, acompanhado pelos olhos e pelo coração. Mas os olhos...

Novamente, aquele brilho nos olhos, que raras vezes fora conquistado. Ele caracteriza muita coisa. Ela estava feliz de novo. Mas uma felicidade não concreta - dotada de explicações. Algo que ela simplesmente sentia. A felicidade a que me refiro é o impulso que te leva a cantar de repente uma música bonita, o reflexo de sorrir a qualquer movimento, a vontade de gritar a todos pulmões sem nenhum motivo aparente.

E ela estava ali, vivendo, com seus olhos brilhando, com seu peito estufado, mas principalmente, com o coração preenchido.

domingo, 15 de novembro de 2009

terça-feira, 3 de novembro de 2009

viu, bisviu

Bruna andava lentamente por aquela loja, com seus amigos, em busca de algo que realmente prendesse sua atenção. Seus olhos brilhavam com tanta tecnologia, com tanta inovação, e com tantas novidades. Aquela loja era a personificação de tudo de que ela gostava. Tecnologia, livros, filmes, música, jogos. Com certeza, se tornaria a loja preferida dos geeks, em algumas semanas, mas ela não ligava pra isso.
Andava lentamente entre livros, e depois CDs, quando o viu.
Viu, bisviu. Ela precisava ter certeza de que era real, e não só uma miragem minuciosamente produzida pelo seu cérebro, que estava prestes a entrar em combustão espontânea. Sim, era real. Era bem real.
O tempo parou. Tudo desapareceu. Eram só ela e ele, agora. Seu coração começou a bater mais rápido; sua respiração ficou mais acelerada; sua face, rosada. Só alguns metros a separavem dele. Bruna precisava muito ir até ali, apreciá-lo de perto. Toda a sua magnificência, perfeição e grandeza a encaravam, a desprezavam, de forma tão irresistível. O momento foi perfeito. Ela desejou poder tê-lo, apesar de saber que tal coisa seria impossível. Tentou se consolar com a estatística - afinal, estatisticamente tudo é possível. Mas não adiantou.
Aquele momento virtualmente perfeito acabou em alguns milésimos de segundo. Seus amigos a arrastaram para longe do seu muito amado sonho de consumo, um boneco do Coringa.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

à minha (segunda) família

A cada palavra dita por cada um daquele ônibus ia despertando em cada coração mais e mais saudade, vontade de parar o tempo, lembranças, piadas internas, momentos que passaram juntos... Todos agora compartilhavam uma nostalgia, um aperto no coração mútuo.

Afinal, eles tinham de compartilhar uma nostalgia, mesmo. Cresceram juntos. Eram a segunda família de cada um ali presente. Apesar de algumas diferenças individuais, todos tinham as mesmas memórias, as mesmas histórias; todos sabiam de cor tudo relacionado à eventos da escola, pessoas que já passaram por lá - tanto professores quanto alunos - e todos tinham em mente um só pensamento: o quanto seria difícil deixar essa família de lado no ano seguinte.

Família que é família sabe das manhas de cada um. Sabe dos problemas, dos gostos, dos desgostos, e dos causos de cada um. Família que é família briga, discute, grita; mas depois se abraça, se desculpa e tem momentos ótimos junta. Família que é família sabe que não existe coisa pior que uma separação. Família que é família aguenta a cara de sono de cada um, aguenta o mau humor, aguenta as manias, aguenta os surtos, e, por mais que não admita, família que é família gosta e não se vê sem isso. E isso é a definição mais completa do que aquela sala descobriu ser, naquele momento.

9º ano 2OO9, nós somos uma grande família, e eu vou sentir uma falta imensa de vocês ano que vem.

sábado, 24 de outubro de 2009

rotina

Chegou da escola.

Após jogar sua mochila no canto demarcado da cama, foi até o banheiro e olhou-se no espelho, para ver quais pensamentos apareceriam em sua mente. "Oi, meu nome é Bruna", pensou. "Eu sou. Eu penso e existo. Eu sou a Bruna.". Isso não ajudou muito.
Fez uma careta. "Bruna, bela porcaria". Mostrou a língua para o próprio reflexo.

Jogou-se na cama. Olhou para o teto, e sentiu-se olhada. Sentiu-se observada. Sentiu-se presa naquelas quatro paredes, um teto e um chão. Sentiu-se ironizada pela vida. O seu quarto, o único lugar em que ela podia ser ela mesma, surtar, gritar, escrever, cantar, pensar, ser; a fazia se sentir presa.

Olhou para seus All-Stars, sujos, velhos, detestados pela sua mãe. Sentiu-se olhada. Sentiu-se adorada. Sentiu que os All-Stars gostavam mais dela que o teto. Sentiu que seus All-Stars, com suas solas gastas e cadarços tingidos, que a acompanharam em sonho e em decepção, em oferenda e em sacrifício, em euforia e em apatia; permitiam-na ser mais do que seu quarto.

O quarto a olhou, com seus vários olhos. Olhou para os All-Stars.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

quem sou eu?

um doce apimentado e levemente ácido; com uma mochila nas costas contendo livros e canetas coloridas; uma espada em uma mão; um escudo na outra; algumas idéias na cabeça.
e muita, muita coisa preenchendo seu coração.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

aleatório

Ela se sentou e analisou suas mãos. Imaginou como as mãos dele se encaixariam perfeitamente com as dela. Imaginou como ela queria que as mãos dele precisassem das mãos dela, também. Chegou à conclusão de que seria melhor se as mãos de ambos se encontrassem.
Olhou para um lado, olhou para o outro... Tudo em seu pequeno quarto a fazia lembrar dele. Desde um pôster, a uma letra de música, até um brinquedo bobo. Era impressionante o jeito como ela ficava quando gostava de alguém. Era bonito de se ver. Ela se jogava de corpo e alma, e tornava seu sentimento interminável enquanto durasse. Seu pequeno coração estava acostumado a se expandir de um tanto imensurável enquanto esse sentimento durasse.
Olhou para seu colo e notou que seu caderninho de anotações ainda estava ali. Abriu-o, deu uma folheada, até chegar na página em que estava escrevendo. Obviamente, recados e mais recados de amigas e amigos falando sobre o garoto. Anotações dela falando sobre o garoto. Tudo, tudo no momento girava em torno do garoto. E ela até gostava de se sentir assim, submissa a alguém.
Analisou suas mãos, novamente.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

produto da insatisfação

Insatisfação com o que?
Comigo, com as pessoas, com o mundo.
Estou insatisfeita. Literal e totalmente satisfeita.

Tá, isso talvez seja uma hipérbole. Tá, é uma hipérbole. Eu gosto de alguns traços meus, e de algumas pessoas, também. Mas quando digo insatisfeita, estou generalizando tudo. Estou insatisfeita com a grande maioria das pessoas.

Não decepcionada. Cansei de me decepcionar, não espero mais nada das pessoas. Elas não me surpreendem mais. Posso contar nos dedos as que conseguem me surpreender todos os dias. Eu gosto disso, de surpresas, de idéias novas, reflexões novas... gosto de pessoas que me façam pensar, eu queria ter um garoto que me fizesse pensar ao meu lado.

Me jogo de cabeça nas coisas, e eu estar insatisfeita é produto disso! Com certeza! Construo castelos e derramo expectativas sobre lama (no sentido de ser um terreno instável e podre, he). E eu não vou deixar de ser assim. Não vou deixar de me jogar de cabeça nas coisas, por que um dia, isso há de me trazer coisas boas. Eu queria um garoto que se jogasse de cabeça nas coisas.

Tenho um gênio terrível. Sou uma mistura da Abby (The Ugly Truth) com a Kat (10 things I hate about you). Sabe? Neuróticas, duronas, difíceis, diferentes, reconhecem seu valor. Me identifico mais com a Kat por ela ser adolescente. Gente, eu sou igualzinha! Sabe? Revoltada com a vida. Não me esqueço da cena em que ela rasga um panfleto sobre o baile de formatura. Mas então aparece alguém que sabe lidar com seu gênio terrível. Mas é que eu sou instável. A maioria das pessoas acha estranho eu misturar um poço de racionalidade com um oceano de sentimentos. Eu queria um garoto que compreendesse isso e soubesse lidar comigo.

É, de um desabafo, saiu uma lista de critérios. Como eu sou ridícula.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

esboço sobre traição - parte 3: perdão

(Sim, desenterrei)

- Eu quero seu perdão; o garoto disse.
A garota o olhou com um olhar que confundia compaixão com desprezo. Sua jovem mente não sabia mais o que pensar dele. Julgá-lo antes disso era bem mais fácil, mas agora ele se mostrou tão frágil, tão sincero, e seus olhos, aqueles olhos; tão tristes e suplicantes. Como negar? Negar? Não negar?
Se ela não negasse, estaria passando por cima do seu amor próprio, do seu orgulho. Afinal, ele a traíra. E se traíra, também. Ao entrar naquele quarto, deixara sua dignidade atrás da porta. Ele estava se rebaixando de um tanto, e colocando-a num pedestal tão alto... e ela não gostou daquela responsabilidade.
Ela o tinha nas mãos, e sabia disso. Ambos sabiam.
- Não sei se você merece meu perdão; a garota disse, lançando um olhar cortante ao garoto.
Ele estremeceu. Não se assustou tanto, afinal, pois esperava uma reação desse tipo da garota. Ele entendia os motivos dela, e estava certo de que agora teria que provar para ela que, apesar da traição, ainda mantinha sua integridade.
- Sabe... seus olhos falam por você; ele disse.
E ela simplesmente odiava isso. Odiava o modo como ele brincava com ela, como ele a fazia se apaixonar a todo instante, como a olhava... os olhos. Sempre a fissura, a obsessão pelos olhos. Isso era o ponto máximo em comum entre os dois.
- Eu sei que você não mente... mas você mentiu pra si mesmo, e mentiu pra mim, e eu não sei o que pensar disso. Dê-me um tempo; a garota disse, pausadamente.

O garoto consentiu, com a cabeça, e se retirou da pesada sala. Com ele, a densidade daquele lugar. Mas suas consciências apenas condensaram-se mais.

coragem

Ouvimos tanto falar disso. Do conceito. De "ser corajoso". Mas, afinal, existe um conceito só de coragem?

Eu acho que não. Ao meu ver, ser corajoso é prosseguir com algo até o fim. É encarar seus medos. Todos. Inclusive o medo de não conseguir continuar. Coragem é não ter medo de se machucar, de se decepcionar, e se entregar de cabeça, de corpo, de alma. Coragem é mudar o visual sem medo de críticas. Coragem é aguentar de cabeça erguida toda a negatividade, toda a intriga da oposição, tudo o que vem contra você.

Veja bem, coragem é diferente de falta de juízo. Você não tem juízo a partir do ponto que sabe das consequências, consequências ruins e que te prejudicariam, e segue em frente. Ser corajoso é ser também racional. É não agir impulsivamente e irresponsavelmente. Aquele que não tem juízo age de acordo com seus impulsos e vontades do momento. Isso não é coragem. É estupidez.

Eu me pergunto até que ponto eu sou estúpida ou corajosa. Porque sei bem que me jogo de cabeça em praticamente todos os aspectos da minha vida, mas acho que meu sensor que indica "coragem" ou "estupidez" está (ou é) meio desregulado. Lanço aqui uma reflexão: quando é que NÓS sabemos o que PARA NÓS é estupidez ou coragem?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

realmente,

sinceramente? honestamente? do fundo do meu coração?

eu queria ser extremamente racional.
eu queria não me contentar com achismos. ODEIO achismos. mas eu me contento com eles, por algum motivo. que nojo.
eu queria conhecer só pessoas certas, só nos momentos certos.
eu queria que absolutamente tudo fosse recíproco - a vida seria mais fácil. ódio, indiferença, amizade, amor, simpatia.
eu queria ser menos paradoxal.
eu queria ser menos adolescente.

eu queria ter uma bomba, essa é a verdade

domingo, 4 de outubro de 2009

identidade

Ultimamente tenho refletido muito sobre minha identidade (afinal, suponho eu, que isso seja o que adolescentes fazem). Do que eu gosto, do que eu não gosto. Qual meu estilo, quais os meus princípios, no que eu acredito, o que eu acho besteira, o que eu quero ser, o que eu não quero ser, entre outras coisas.
É inevitável para mim não me questionar em frente a situações esclarecedoras. E devo pontuar que tenho passado por uma série, um desfile, uma parada de situações esclarecedoras, de um tempo para cá. E esses questionamentos sempre me trazem muitas dúvidas e poucos esclarecimentos.
Penso em quem eu sou todos os dias. E todos os dias, eu descubro algo em mim do qual eu gosto, e algos em mim dos quais eu não gosto. Até aí tudo bem. O que me confunde é que um dia eu gosto de certo traço na minha personalidade. No dia seguinte eu já não gosto mais! E então é que entra a indecisão em cena. E então é que entra o TEMPO em cena. E então é que entra a minha IMPACIÊNCIA em cena. E então entra a indecisão de novo. É um círculo vicioso. Estou presa dentro de mim sem chance de saída.

A não ser que alguém me ajude. Amigos tentam me ajudar, me lembrar de quem sou eu. Mas é preciso algo mais.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

admirável mundo novo - rascunho

A predominância de citações de Shakespeare se dá ao fato de que Shakespeare, por ter vivido durante o renascimento, escrevia muito sobre sentimentos característicos de humanos. Amor, ciúme, ódio, afeto. Tudo o que essa nova sociedade inventada no texto é privada de sentir, pois, segundo seus precursores, com sentimentos há a instabilidade pessoal. Com a instabilidade pessoal, há a instabilidade social, ou seja, a desordem, a anarquia, a bagunça – e isso seria um desastre para uma sociedade completamente controlada pelo Estado.

Partindo dessa dúvida, muitos anos antes do começo da história (no livro), o Estado decidiu controlar os indivíduos de forma que eles não teriam pensamento próprio, opiniões próprias ou valores próprios – eles apenas seguiriam o que o Estado acreditava que deveriam seguir. Assim, revoluções, greves, desigualdade social e insatisfação seriam riscadas da história. Todas as pessoas são criadas em laboratório. Ficam o período equivalente a nove meses em uma espécie de câmara, recebendo nutrientes necessários e tendo definida sua vida, suas características e seu futuro.

O que garante o “sucesso” desse modelo de sociedade são, de fato, as chamadas “lições hipnopédicas”. São gravações de uma voz dizendo-lhe repetidamente as mesmas coisas, durante o sono. A quantidade de vezes que uma frase é repetida depende da sua importância no futuro e na formação dos indivíduos. Essas frases garantem a satisfação, acomodação e conformismo de todos os indivíduos em relação à sua vida, casta e futuro. Frases como “sou feliz porque sou uma Beta, pois imagine, Alfas têm trabalho demais e Deltas são inferiores e usam uma cor de roupa horrível” são repetidas até o fim da vida.

A sociedade é extremamente capitalista e incentiva o consumismo excessivo. Nada pode ser reaproveitado, e todas as atividades disponíveis envolvem o gasto no meio. O conformismo também é uma característica presente nesse mundo fictício, junto com a promiscuidade e o desligamento dos sentimentos (e da família)– a promiscuidade tem relação com Freud. O condicionamento humano feito nesse meio apóia a atividade sexual desde as mais tenras idades. Ou seja, a relação sexual como prazer e diversão, não só como procriação. Freud é comparado/confundido com Ford, o inventor da linha de montagem em massa dos indivíduos.

- rascunho da análise -

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

sobre o vazio

é grande, imensurável, por muito tempo é tão,
é implacável, é sinistro, é indescritível e em vão,
é o nada, que nos consome tudo,
num preto e branco cinema mudo

é um saco sem fundo, uma escada sem fim
é sorte do avesso, carvão de marfim
é tudo e é nada, é nada e enfim,
o nada me rouba o tudo, tudo que há dentro de mim

ocupa espaço no momento desocupado
se alimenta de vestígios de amor decepcionado
não aceita trégua, é uma batalha infindável
é um vazio profundo, uma doença incurável

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

produto do ócio

Seria tudo mais fácil se eu gostasse de legumes, se houvesse um botão de liga/desliga dos sentimentos, se nós vivêssemos na Pangeia, e se o mundo não fosse tão grande.
Seria tudo mais fácil se a sociedade não fosse tão padronizada, se opiniões diferentes não fossem tão repreendidas, e se o Estado não fizesse tanta força pra nos fazer acreditar que está tudo bem e funcionando.
Seria tudo bem mais fácil se eu fosse ignorante, e feliz. Como diz o outro, ignorância é uma bênção.
Seria tudo bem mais fácil se pudéssemos escolher tudo o que nos diz respeito à vida. De quem gostamos, do que gostamos, o que faremos. Seria ótimo se não precisássemos nos preocupar com a interferência ou que consequências essas escolhas trarão para o meio.

Tudo isso é relacionado a sentimentos.
Sentimentos. Não podemos viver com eles, não podemos viver sem eles.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

trecho, 2

Chegando ao shopping, as duas foram direto à sua loja preferida: Paraler. Uma papelaria, loja de discos, de livros, revistas e jogos para computador; tudo unificado num só monstro de muitos metros quadrados.
- Eu vou ver as revistas – disse Cacá e indo em direção à parte de revistas. Bruna só deu de ombros e foi até a seção de livros de bolso.
- Até tu, Paraler? Ou melhor, nem tu, Paraler. Nunca vou encontrar o livro pelo qual tanto anseio. – Bruna disse para si mesma.
- Falar sozinha é o primeiro sinal de insanidade, sabe – disse uma voz conhecida, por cima do ombro de Bruna.
Ela sabia muito bem de quem era a voz, mas achou que estava ouvindo vozes. Aliás, não achava; mas se forçou a acreditar, porque encontrar de fato o dono da voz faria uma total bagunça em sua organizada e preparada cabeça.
- Olá, vozes da minha cabeça. Boa noite! Se vossas senhorias fizessem o favor de não me chamar de maluca, sua reles escrava faria o possível para não chamar a atenção de pessoas mentalmente sãs. Câmbio e desligo. – Bruna disse.
- Não, Bruna, as senhoras vossas vozes não querem desligar. Elas ordenam que você se vire 180º e encare seu destino!
Bruna riu por dentro, e fez o que o garoto mandou. Ao ficar cara a cara com o olhos azuis, ela abriu um grande sorriso, sincero. Ele retribuiu o gesto.

domingo, 13 de setembro de 2009

obstáculos

Idiotice é esperar que todos vão ser como você. Estupidez é pensar que algo vai ocorrer da forma exata como você planejou. Burrice é achar que não há empecilhos.
Empecilhos, problemas, indecisão, confusão, dor de cabeça, preocupações, obstáculos, barreiras, sempre um desses vai estar no caminho. Bem-aventurados são aqueles que resistem à tudo sem machucados.
Empecilhos, problemas, obstáculos, barreiras... são todos (relativamente) fáceis de se lidar com. Sim. Um problema uma hora se resolve. Um empecilho, em algum momento, é contornado, como o obstáculo. Barreiras são quebradas.
Preocupações são controladas e dores de cabeça são medicadas.
Indecisão. "Se sou indecido? Ah, não tenho certeza", diria o indeciso. Indecisão é a alma querer uma coisa e o cérebro outra. Indecisão é você precisar daquilo, mas não querer aquilo. Indecisão é gostar do sim, mas precisar do não.
Confusão. Ausência de ordem ou de alguém que ordene, claro. Confusão é você precisar daquilo, mas não querer aquilo, e ao mesmo tempo querer estar e ter aquilo. Sim. Confusão é indecisão ao quadrado.

Não gosto de me confundir, não gosto de estar indecisa... ambos atrapalham muito. Em todos os aspectos. Ser decidido e transparente sempre ajuda. Pensem a respeito.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

- trecho -

- Eu tenho um rascunho de um texto meu no meu caderno de português. Quer ler? – Bruna perguntou.
- Com todo o prazer.
Então Bruna abriu o caderno, e mostrou o texto ao seu mais novo fã.
- Esboço sobre o amor. Ele vem quieto, sem fazer cerimônia, mas arrasa com todos logo que chega. Muda pensamentos, atos pessoas, ideologias. Move passeatas, contribuições. Mobiliza nações. – Ele começou a ler.
E enquanto ele lia, atento, concentrado, ele franzia a testa e dava um meio sorriso a cada ponto final. Seus olhos percorriam o texto com muita rapidez. Ele devia ser um grande fã de livros. Os olhos às vezes paravam, voltavam; mas depois continuavam. Sua boca, vez ou outra, se mexia; lendo silenciosamente palavras marcantes do texto. Bruna observava cada detalhe, cada gesto, como se ela nunca mais fosse vê-lo. Como se ela nunca mais fosse se lembrar do ritmo em que os dedos de ele batiam no braço do banco; do seu tique nervoso de mexer a perna; de como os seus cabelos castanhos e naturalmente lisos às vezes caíam-lhe na frente de seus belos olhos. De tempos em tempos, ele percebia o olhar de Bruna e a lançava um sorriso tímido, com a pergunta ‘ei, o que foi?’, mas logo voltava sua atenção ao texto.
Quando ele terminou de ler, soltou um grande suspiro, e deu um sorriso maroto. Seus olhos carregavam uma expressão mais marota ainda.
- O que? O que foi? – perguntou Bruna. ‘Se ele não tiver gostado, eu não me perdoarei jamais’, ela pensou.
- Está ótimo. Você já pensou em escrever um livro? – ele questionou.

trecho de um conto, no qual estou trabalhando.
totalmente fictício.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

desabafos de uma alma inquieta

Impulsiva; teimosa; arrogante; fria; racional; lógica; sarcástica; irônica; alienada; negligente.
Idealista; mandona; perfeccionista; séria; fiel à seus valores; forte; decidida; exigente.
Afável; amiga; carinhosa; sensível; sentimentalista; doce; preocupada até demais; romântica.
Frágil; ingênua; carente; indecisa; insegura; insatisfeita; indefinida.
Inteligente; corajosa; leal; protestante; revolucionária; deslocada; gauche.
Psicóloga; advogada; mãe; professora.

É muito chato ter de lidar com uma combinação explosiva dessas... eu tenho pensado seriamente em mudanças...
É muito difícil e pesado balancear o amor-próprio e a vontade própria. É muito difícil não me trair e sair feliz. É muito pesado não mudar pra agradar.
É muito difícil ser sozinha, encarar tudo isso sem alguém que seja parecido e diga 'olha, eu já passei por isso, você devia fazer tal tal e tal coisa'. Amigas, amigos, ajudam, claro, eu não os trocaria por nada, mas... não é a mesma coisa.

Eu não gosto de mim. Já tive frustrações demais. Decepções demais. Perdas demais...

domingo, 30 de agosto de 2009

Contradições

Impulsividade é seguir a emoção e o desejo antes do consentimento da razão.
Racionalidade é seguir a razão sem o consentimento da emoção.
Sentimentalismo é fechar os olhos e escancarar a porta do coração.
Frieza é viver de olhos escancarados e porta de acesso ao coração trancada.
Amar é uma oração com verbo intransitivo e sem advérbio de causa.
Odiar é um verbo transitivo bem direto, simples e necessitado de advérbios.
Decepção é uma expectativa mal-sucedida.
Expectativa é otimismo baseado em questões (não-intencionalmente) egoístas.

Errado é um conceito mutável, nato, indecifrável, indefinível, e muitas vezes imposto.
Certo também.
Ser normal é um conceito criado a cada época e geração, e varia de acordo com suas opiniões.
Ser estranho e "gauche" também.
Ser inteligente depende da sua ideologia, valores e ponto de vista.
Ser estúpido também.
Ser descolado é reconhecimento, característica e estado definido pela sociedade.
Ser deslocado também.

Até que ponto contradições são, de fato, contradições?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

esboço sobre o amor

Ele vem quieto, sem fazer cerimônia, mas arrasa com todos logo que chega.
Muda pensamentos, atos pessoas, ideologias. Move passeatas, contribuições. Mobiliza nações.
Esse é o poder do amor. Ele é a força mais poderosa que existe nesse mundo. Pois poucos têm dinheiro, compaixão, vontade ou determinação. mas todos amam, com certeza. De formas únicas, pessoais, porém, de longe, gerais.
O amor tem efeitos diferentes em cada um. Alguns odeiam amar, outros preferem não assumir, outros ainda têm vontade de motrar pro mundo inteiro.
Você pode amar um livro, ou uma música, ou um bicho de estimação. Mas é o amor pelo próximo que move o mundo.
(Em minha ingênua, vaga, e inexperiente visão) O amor mais bonito, e talvez o mais sofrido e intenso, é o amor jovem... tão cheio cheio reviravoltas, incertezas, ingenuidade. Tão cheio de mágoas altos, baixos...
Só sei que estar amando não se compara a estar feliz, impressionado ou inebriado. É uma junção disso tudo.
Os fracos pulam de uma pequena paixão a outra. Os fortes amam.
Porque apesar de maravilhoso e singular, tão complexo e indomável é o amor...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fantasma da Ópera

Há tempos venho adiando cada vez mais essa postagem... agora vai ser mais difícil do que nunca escrever algo sintético, porque tenho idéias demas na cabeça. Vejamos.

O grande conflito da ópera é o conflito interno vivido por Christine: a indecisão entre Raoul, um amigo e antigo amor de infância (que representa a inocência, a ingenuidade) e o Fantasma (que represena o lado carnal, o desejo). O Fantasma, durante toda a vida de Christine, a fez acreditar que ele era o seu "Anjo da Música" (um anjo que supostamente seria enviado pelo pai de Christine, que morrera quando ela inda era criança). O Fantasma mostra para Christine o seu mundo, o mundo da música, da noite, o sexo; tudo isso em uma música: The Music of the Night (A música da Noite). Apesar desse lado carnal, o Fantasma também se apaixona por Christine, e tem planos de fazê-la se casar com ele.

O Fantasma é um homem com metade do rosto deformado desde nascença, o que fez com que sua mãe o rejeitasse, e consequentemente ele foi parar em um circo cigano, sendo a principal atração: "O Filho do Diabo". Desde pequeno ridicularizado por todos, o Fantasma não conhece compaixão. O seu primeiro presente foi uma máscara, para cobrir sua deformidade. Ele também, apesar de amar Christine e querer o seu bem, acaba fazendo da vida dela (e dos outros) um inferno, porque ele a quer para si. A possessividade, o controle, mas também o carinho e o cuidado são características marcantes desse personagem cheio de faces.

A simbologia mais bonita é a máscara do Fantasma. Pois de um lado, ele é um homem bonito e sedutor, de outro, uma gárgula. Em um momento da ópera, Christine diz que não é a sa deformidade que a assusta, e sim o interior - pois o Fantasma não tem compaixão com o mundo, já que o mundo não a teve com ele. Esse é um dos motivos pelos quais Christine não o escolhe - ela se decepciona com os atos do Fantasma, que no começo se revela um (o Anjo da Música) e no final revela sua verdadeira face (o Fantasma da Ópera).
A música que marca o enredo é a "All I Ask of You", na qual Christine concretiza sua escolha, e o Fantasma demonstra a dor que sente, a decepção; pois tudo o que Raoul canta para Christine, ele também sente.

É uma ópera maravilhosa, a minha preferida. A cada vez que assisto descubro uma simbologia nova.

"Anywhere you go, let me go too. Christine, that's all I ask of you."

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Estupidez

Faz alguns dias que eu comecei a ler "Como me tornei Estúpido". Eu não achava que ia gostar tanto e me interessar tanto sobre o livro, mas tenho refletido bastante sobre as coisas lá escritas.
O protagonista se cham Antoine, e seu grande "problema", na visão dele, é que ele é inteligente, e por isso não se encaixa de forma alguma na sociedade. Ele está cansado de ser infeliz, então resolve tomar uma atitude: se tornar estúpido.
Sim. Se tornar estúpido. E essa atitude, olhando pelo lado de Antoine, não é nada estúpida. Pessoas estúpidas existem em abundância na sociedade. Já pessoas inteligentes e cultas são muito difíceis de serem encontradas.
Por exemplo; a primeira tentativa de Antoine é: se tornar alcoólatra. Pois alcoólatras são compreendidos pela sociedade. Eles frequentam grupos de apoio, têm amigos, iguais. Resumindo, eles têm um lugar na sociedade.

Antoine acha que ser inteligente é um problema. As pessoas o invejam e têm raiva dele por ele possuir um cérebro mais desenvolvido. Ele vive triste, mas não consegue identificar o problema. Por isso resolve se tornar estúpido. Um alcoólatra, como já citei, tem problemas com álcool. Um anêmico tem problemas na saúde, e alguém com depressão tem problemas psicológicos - ou seja, o problema é claramente especificado (e tratado, diga-se de passagem).

O livro é recente, retrata a sociedade atual. Mas que sociedade é essa que integra melhor bêbados do que "nerds"? Talvez por inveja? É a razão mais lógica, pois é como dizem por aí: nerd de outrora, rico de agora.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Engenharia Genética

Outro dia assisti um programa deveras interessante no canal Discovery Channel. Chamava-se "Super-Humanos", e era sobre pessoas com habilidades diferentes, incomuns, especiais. Um dos casos era um homem que conseguia controlar o "termostato" do seu cérebro. Explicando melhor: ele conseguia elevar sua temperatura corporal em ambientes muito frios; assim; não passava frio.
Outro caso era de um outro homem com incríveis habilidades matemáticas (capacidade de cálculos na velocidade da luz), e uma mulher sinestésica dizia-se capaz de enxergar cores e sentir sabores ao ouvir palavras e músicas.
O ponto em que quero chegar é o seguinte: essas pessoas 'especiais' foram estudadas por cientistas, professores, biólogos, químicos, neurologistas e geneticistas. Eles fizeram uma bateria de testes e experimentos em cada um até identificar a parte em seu DNA que os dava essas capacidades e habilidades. Os cientistas, desde então, têm feito experimentos com ratos; modificando seu DNA para eles ficarem com as mesmas habilidades dos "Super-Humanos". Mais tarde, segundo previsões, essas alterações poderão ser feitas com humanos.

Minha opinião é que daqui 50 anos, estaremos vivendo a realidade retradada no livro "Admirável Mundo Novo", na qual cientistas mexem no código genético de cada ser vivo do planeta, pré-determinando assim o seu futuro, suas habilidades, sua personalidade. E ainda, no nosso caso, vão estar banalizando uma coisa que era fantástica e incomum.
Uma coisa é a raça humana evoluir a tal ponto, com ajuda apenas da natureza, outra coisa é os cientistas induzirem essa evolução. Só Deus sabe que consequências isso traria.
E a continuação dessa evolução induzida serial qual? Pessoas sendo criadas e mantidas dormindo em grandes ovos durante toda sua vida, "vivendo" apenas num sonho controlado pelo Estado?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

to do list

july 17th, 2009. friday.

- wake up. (check)
- look for something to eat. (check)
- give up, 'cause there's no food here. (check)
- talk shit . (cheeeeck)
- login on twitter/orkut/im. (check)
- talk shit on twitter/orkut/im. (cheeeck)
- logout on twitter/orkut/im. (uh...)
- try to convince mom that i'm sad and i need chocolate. (not yet)
- get sad and act like a sad puppy. (n. y.)
- ask mom to watch a movie. (n. y.)
- ask mom to let me stay here tonight 'cause i'm pretty depressive. (kinda)
- annoy my brother. (cheeeeck)
- watch tv. (what a fucking stupid idea.)
- write shit. (check check check check check)
- till O6:OO PM, do
nothing. (ok.)
- after O6:OO PM, try to do something. (yeah, right.)
- finally, find out that i must to nothing today! (yeah. now it's right)
- get alone, in my room, read some books and cry, while thinking how miserable i am. (yeah.)
- ok, that was quite emo. (bruna, sometimes you talk too much)
- ok, after O6:OO PM, come back here and finish the list.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Aerials in the sky,

when you lose small mind, you free your life
Aerials so up high,
when you free your eyes,
eternal prize.

[tradução:
Antenas no céu
Quando você deixa de ter a mente limitada,
Você liberta sua vida
Antenas tão altas
Quando você liberta seus olhos,
O prêmio é eterno]

(Aerials • System of a Down)

Gosto muito dessa música. Além de ter um solo fantástico no começo, tem uma letra com significado bárbaro.
A parte que eu mais gosto é a parte acima, mesmo. Acho que é a que mais tem significado.
Segundo o autor da música, quando você pára de pensar pequeno e reservado, ou seja, quando você abre sua mente para novas opções; sua vida melhora e você fica "livre".
Não sei que sentido o autor quis dar para "livre", mas segundo minha interpretação, representa você poder mostrar sua opinião sobre o que quiser; porque você já viu todos os lados da situação a ser comentada.
É mais ou menos assim. Quando só um lado da história é conhecido, então uma única e fechada teoria sobre o assunto será formada. Quando os outros lados são conhecidos, você tem uma liberdade maior para formar uma opinião, que consequentemente será mais razoável e aceita, por ser baseada em todos os lados da história.
Mas voltando. Porque é importante ter a mente aberta? Ou melhor, porque é ruim ter uma mente fechada? Na minha visão, podemos responder as duas perguntas de uma só vez.
Manter-se num mundo fechado e privado de outras opiniões e verdades é extremamente prejudicial. Primeiro porque, num mundinho diferente do seu; as pessoas são diferentes, as opiniões são diferentes, reações, formas de lidar e valores são diferentes. A partir do momento que você se mantém irredutível, e não se permite conhecer outras idéias; você se torna pequeno. Suas idéias ficam pequenas (em relação à pessoas de mente aberta), seu mundo se torna menor e mais fechado ainda, e sua alma também diminui.
Mas não confundam conhecer outras idéias com não ter opinião. O bom de você ter a mente aberta é a liberdade de escolher o que você vai seguir.

Crianças, não é bom ter a mente fechada. Escutem as idéias de seus amiguinhos! Vai valer a pena, mais pra frente.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Receita de um fenômeno adolescente

Olá, produtor de cinema ou escritor! Você está sem dinheiro, sem sucesso, sem comida; e precisa desesperadamente lançar um best-seller?
Nós temos a solução para os seus problemas!

Crie um fenômeno adolescente, baseado nas instruções abaixo e a fortuna está garantida!

SUCESSO PARA LIVROS
1 - Faça um personagem com algo de estranho ou diferente. Ele pode ter superpoderes, pode ser um vampiro, pode ser um emo, pode ter algum segredo super secreto, enfim.
2 - Faça esse personagem ser incompreendido e sozinho. Por causa desse seu jeito diferente, ele é obrigado a ficar isolado e isso faz com que ele tenha um ar todo melancólico.
3 - Crie o seu protagonista. Ele, obviamente e previsivelmente e por algum motivo, vai se interessar pelo outro personagem estranho.
4 - Eles não podem ficar juntos por causa do motivo da estranheza do personagem estranho.
5 - Eles sofrem com isso e a história se constrói em volta disso.
Simples, não?
Exemplos de sucessos com personagens estranhos: Crepúsculo e todos os que vem depois.

SUCESSO PARA FILMES
1 - A história vai se passar, preferencialmente, numa típica escola de 2º grau americana, onde negros, nerds, patricinhas e etc se dão magicamente bem; com uma condição: os grupos não podem se misturar.
2 - Os personagens principais serão dois adolescentes puros, ingênuos, virgens e de grupos diferentes.
3 - Eles não podem ficar juntos por causa da separação de grupos.
4 - Eles sofrem com isso e a história se contrói em volta disso.
Simples, não?
Exemplos de sucessos com separação de grupos: High School Musical.
(clichê? Imagine. Uma paródia ÓTIMA sobre esses clichês: "Não é Mais um Besteirol Americano")

Isso tudo foi pra dizer que; a técnica hoje para se construir sucessos adolescentes é: personagens estranhos, amores impossíveis e pureza.
É isso que a geração de hoje quer. Um mundo que gira em torno do amor, onde não há conflitos maiores, nem problemas com drogas ou bebidas ou sexo, nem crises existenciais. Apesar de todos esses problemas serem coisas comuns para um adolescente de 15 ou 16 anos.

Já escutei todo tipo de crítica por causa desse meu ponto de vista. Já escutei também que sou muito revoltada, e que eu tinha que ver mais filmes idiotas.
Prefiro ser revoltada a ignorante.

sábado, 20 de junho de 2009

índio.

Luiz fernando. Eu te devo essa postagem no blog há tempos, não é?

Índio, não tenho palavras pra você. Começamos a conversar no fim do ano passado, certo? Lá pra setembro. Mas parece que te conheço faz tanto tempo. Mesmo nunca tendo te visto, sinto como se você fosse um grande amigo que foi morar longe, e que eu morro de saudades.

Você aparentemente é um índio cowboy cascadura. Mas eu sabia que você tinha mais potencial (H) e com o passar do tempo, você se mostrou mais uma lista de coisas ótimas que não vou escrever aqui porque você é meu brother e tenho ciúmes de você e não quero que ninguém saiba tudo que você é porque não quero que vadiazinha nenhuma vá atrás de você (humpf).

É também um dos meus brothers mais considerados. Sei que posso contar com você pra tudo (sim, por mais casca dura que você seja, você me passa essa certeza), e eu conto. Você me ouve sempre que tenho algo pra dizer, seja besteira ou um desabafo.

Eu também adoro ouvir tudo o que você tem pra contar. Todas as suas novidades, seus problemas, suas descobertas; e saber que você confia em mim também é ótimo. Eu gosto de te ajudar. Me sinto muito bem em saber que ajudei o dia do meu indiozinho favorito.

Me sinto bem também de saber que você me considera muito mesmo eu sendo chata, irritante, mandona sarcástica, irônica e etc etc etc.. Acho que você é uma das pessoas que me conhece mais que eu (o total dessas pessoas são... tirando mamãe? 3).

Sim, sim, muitas vezes eu tiro com sua cara, te mostro todos os seus lados que você não gosta (os mais bonitinhos hihi), mostro todas as fotos do Hector que são semelhantes a você, fotos de macacos e índios e cockers spaniels; mas só faço tudo isso pra depois falar o quão grande meu carinho por você é (apesar de você ser um índio macaco durão.).

Às vezes minto no status do MSN; às vezes respondo muito devagar ou muito pouco, às vezes posso ser negligente, mas eu JURO que a última coisa que eu faria nesse mundo é te menosprezar ou desprezar.

É, depois de tudo isso, acho que ficou bem claro o objetivo desse post.
Falar pra você que, apesar de eu ser quem eu sou e você ser quem você é, você é MUITO importante na minha vida; e eu agradeço por ser um amigo ótimo, o melhor que alguém poderia sonhar em ter.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

- untitled -

Com uma frequência menor do que eu gostaria, tenho conversas loucas e psicodélicas com um amigo meu, Rafael, a quem eu chamo carinhosamente de rafa, rafinha ou simplesmente mano (coisa de irmão, tsc).

Nossas conversas chegam a ser muito produtivas, mesmo. Bolamos teorias ufológicas, sem lógicas, teorias de conspiração. Tudo sem o menor sentido. Mas totalmente inteligentes e lógicas, no nosso contexto, da nossa conversa. Não tente entender.

Além de fazer teorias, fazemos máscaras, personagens, personalidades. As mais usadas e conhecidas são a Diva (ai, arrasa *-*) e minha segunda personalidade, uma "compositora de músicas de bordéis". Rafa e eu esbanjamos talento teatral e imparcialidade (-n) ao vestirmos essas máscaras.

As expressões que usamos. São únicas! De VIP (Very Important People) virou SFFBMFS9.0PARAIP (Super Freaking Fucking Blaster Master Faster Strong 9.0 Plus Advanced Reprogramated Atualizated Important People).

E os projetos de camisa? "May the force be with you, duuu-de!"; e embaixo disso, um sinal de paz e amor. Star Wars é hippie. Esse papo de "que a força esteja com você", sei não. Mais hippie que isso só papos a base de LSD.
(nem comento nada sobre drogas.)

Não sou tão poeta quanto você, mano, mas eu queria que você soubesse que eu te curto demais. E é uma pena mesmo nós só termos ficado amigos depois de você ter ido embora daqui. Bom, melhor pra você, sampa é bem melhor que ribs, mas pior pra mim!
Não vou dizer que sinto sua falta, porque nós não éramos tão amigos, mas eu sinto um vazio toda vez que falo contigo. É. Você é daqueles amigos pra levar pra sempre.

Você é meu brother, rafa.

Por um dicionário mais filosófico e poético

ser v.pred. 1. Liga o predicativo ao sujeito, atribuindo, ger., ao sujeito o estado, a condição, a natureza, ou a(s) característica(s) expressa(s) pelo(s) nome(s) (ajd., subs. e adv.) que segue(m) o verbo. 2. Atribui ao sujeito a formação, ou a profissão, ou o cargo que ele exerça ou tenha. 3. Combinado com um particípio, forma a voz passiva. 4. Us. sem sujeito, indica tempo, ou determinado momento no tempo, ou estação. 5. Ser muito parecido. 6. Ficar, tornar-se. 7. Consistir em. 8. Querer dizer, significar. 9. Custar. 10. Ser natural de. 11. Pertencer. 12. Ser próprio, convir. 13. V. existir. 14. O que existe. 15. Todo ente vivo e animado. 16. Indivíduo, pessoa. 17. A natureza íntima de uma pessoa.

Acima, a definição, nada poética, do verbo SER, segundo o dicionário mini aurélio, 7ª edição, 2008.

Generalizando, o verbo "ser" estaria ligado a tudo que se relaciona a posse. Características, cargos, voz passiva, momento de tempo, e etc., e uma das definições até é existir.
Ao meu ver, ser é mais do que isso.
Ser é uma junção de todos os verbos e advérbios possíveis. Pois quando você é, você vive, pensa, ama, odeia, ri, chora, erra, aprende, curte, desgosta; você não só existe.
Eu sou; tu és; nós somos; e devíamos ser felizes por isso; pois a nós é concedido o verbo ser na prática da vida.

E façamos uma campanha!

"Por um dicionário mais filosófico e poético"

terça-feira, 12 de maio de 2009

Oi, meu nome é Gigi e sou uma modelo.

Meus objetivos de vida:
- Fazer no mínimo duas lipoesculturas por estação.
- Colocar 250 ml de silicone em cada peito.
- Plástica no nariz todo mês.
- Botox a partir dos 30 anos, e olhe lá!
- Dieta baseada em uma folha de alface por dia e dois copos de água, e tomar cuidado pra não comer mais.
- Comprar mais Desinfetante bucal.
- Manter meus 45 quilos distribuídos em 1,80m, ou emagrecer no mínimo cinco quilos.

Estilo de vida: Me espelhar no elétron, que mantém suas admiráveis 0,00000000000000000000000000911 gramas!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

breve reflexão

Hoje não fiz absolutamente NADA de produtivo (do meu ponto de vista, claro. Se pra você comer besteira e assistir um filme de drama adolescente muito mal feito for produtivo, então estamos combinados).
Porém, meu dia não foi inteiramente sombrio e improdutivo! Quando sentei na frente do computador, resolvi que ia pensar em tudo que meus amigos já me ensinaram e discutiram comigo.
E cheguei à conclusão que sou muito grata por ter amigos com quem eu consigo manter uma conversa civilizada, sobre um tema bom, atual e culto.
Sou muito grata por ter amigos que me respeitam, que me apóiam, que gostam de mim e que me admiram. Sei como hoje é difícil ter amigos assim, e eu faço o possível pra ser uma ótima amiga de quem merece.

Esse texto eu dedico para caras e gurias com quem eu converso horas e horas, coisas produtivas ou não.
Obrigada: amorim, rafinha, luiz fernando VULGO índio cowboy, e, é claro, meu namorado.
Obrigada: cacá, izzy, antonella e sofs.

de coração.

sábado, 2 de maio de 2009

esboço sobre traição - parte 2: fidelidade

O garoto não suportou as palavras da garota e fechou os olhos.
Sentiu uma lágrima, quente e cortante, descendo pelo seu rosto.
A garota o olhou com desdém. Não sentia pena dele; sentia pena de si própria.
- Eu fui fiel à você, o garoto disse, quebrando o silêncio pesado.
A garota levantou as sobrancelhas, com espanto, e, com seu olhar, encorajou o garoto a continuar.
- Eu sempre fui fiel, sim. Ao meu sentimento por você.
- Mas a fidelidade também é aplicada na prática, meu bem, a garota disse.
- O que pra você é fidelidade?
- Bom... é seguir os seus ideais, seus valores, princípios acima de qualquer coisa.
- É seguir ou não trair?, o garoto questionou.
- Quando você segue você não trai.
- O que é trair um princípio?
Eis uma pergunta que quase ninguém consegue responder. Quando a situação é difícil e a melhor opção é trair suas idéias, devemos trair ou não?
Se você não deixa seus princípios, orgulho e valores de lado, algumas vezes, em algumas situações, você pode sair machucado. É muito difícil reconhecer quando você deve permanecer irredutível, e quando deve-se ceder.
O que não fica muito claro hoje é: não é porque você deixou seu princípio de lado, em alguma situação, que você vai abandoná-lo para sempre, ou que você não acredita mais naquilo.
- Você me traiu, ora, a garota respondeu.
- Eu não traí meu amor por você. Eu traí a mim mesmo.
A fidelidade entre um casal é outra coisa... além de levar em conta os seus valores, deve-se levar em conta os valores da pessoa também. O jeito da pessoa, o gênio, o temperamento.
Sim, vez ou outra é preciso passar por cima de, por exemplo, o amor-próprio. O amor que você sente pela pessoa deve ser maior que o seu orgulho, quando se trata de princípios. Veja bem, princípios e não ações.
- O que você acha que eu devia fazer?, a garota pergunta.
- Eu quero seu perdão.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

comentário sobre D. Casmurro

"Assim, apanhados pela mãe, éramos dois e contrários, ela encobrindo com a palavra o que eu publicava pelo silêncio."

Dom Casmurro, Machado de Assis. Pág 101, capítulo 34.

Dom Casmurro tem me agradado. Seu jeito irônico e emocionado de escrever me cativa, sim, e sua personalidade bate muito bem com a minha.

E o jeito como ele fala de Capitu, é de derreter o coração de qualquer um.

Sugiro que leiam sete, ou oito capítulos. Aliás: os capítulos 33 e 34, são os (até agora - bem, li até o 35) que eu mais gostei, os que foram narrados de forma melhor; tanto em emoções quanto gestos e ações.