Annie apertou os olhos e mordeu o lábio, quase fazendo-o sangrar, de raiva. Detestava sentir que não estava mais no comando. Detestava sentir principalmente que não comandava mais a situação com Tiago. Disse a coisa mais cínica que veio-lhe à cabeça.
- É. Parabéns. Você devia fazer psicologia!
- Annie. - Tiago as mãos na cabeça, em sinal de rendição. - Vamos parar com isso, certo?
Ela olhava para ele, encorajando-o a continuar. Ele olhou para cima, fechou os olhos, e tentou esquecer seu medo de ser ridicularizado, não correspondido ou desprezado. Andou até Annie e colocou suas mãos no rosto dela.
- Certo, vou te dizer o que eu estou pensando. Primeiro, não sei de onde você tirou que eu gostava da sua irmã de um jeito diferente. Segundo, não sei de onde você tirou que você gostava do meu irmão. E, terceiro... - Ele suspirou, como se juntando forças para continuar - não sei por que apaixonar-se por mim parece-te uma ideia tão absurda e... ruim. Porque, sabe... tudo seria tão mais simples, quero dizer, se você gostasse de mim, e... recíproco...
Ele tirou suas mãos do rosto dela e esperou por uma reação. A cada palavra dita por Tiago, Annie torcia mais forte a barra de seu casaco. E quando Tiago terminou seu discurso, a primeira coisa que fez foi separar as mãos dela do casaco. Os dois ficaram lá, de mãos dadas, encarando-se, pensando qual seria a próxima coisa a ser feita.
Tiago, observando a reação, ou falta de ação de Annie, decidiu soltá-la.
- Certo. Se isso é o que você quer, então eu não toco mais no assunto. - Tiago ameaçou voltar para a sala de televisão, mas ouviu a voz fraca de Annie.
- Calma, espera, Ti... - Annie quase nunca chamava Tiago pelo apelido. - Eu... é que...
Tiago encarava-a com uma expressão de riso. Ele sabia que ceder, admitir e perder coisas nunca fora o forte dela. Annie encarou-o com um olhar suplicante, que dizia "eu tenho mesmo de passar por isso?", e Tiago lançava-lhe um que podia ser interpretado como "sim, você tem".
- É que, Ti, eu não queria gostar de você.
- Ótimo começo.
- Cala a boca, você sabe que isso é difícil pra mim. Por que faz isso comigo? Que idiota, você sempre faz isso e...
- Continua, Annie, não muda de assunto.
Annie apertou os olhos. Ficou parada um instante, olhando pra cara de zombador de Tiago. Olhou para baixo, respirou fundo, depois deu dois passos à frente, alcançando Tiago, então aproximou-se dele suavemente, e, por fim, beijou-o.
Tiago, surpreendido, demorou a perceber que aqueles lábios macios colados aos dele eram de Annie. E demorou a perceber que aquele sonho de beijá-la, que ele tinha desde a sétima ou oitava série, finalmente estava se realizando. Ele então tocou o rosto de Annie, com delicadeza, quando se separaram, e pôde ver o brilho nos olhos dela. E ela pôde ver o quão corado ele estava. E no rosto de ambos estava estampado um semblante óbvio de que eram, sem dúvidas, apaixonados um pelo outro. De certa forma, sempre foram.
- Ti... é que, eu...
- Eu sei. Eu também.
- É. Parabéns. Você devia fazer psicologia!
- Annie. - Tiago as mãos na cabeça, em sinal de rendição. - Vamos parar com isso, certo?
Ela olhava para ele, encorajando-o a continuar. Ele olhou para cima, fechou os olhos, e tentou esquecer seu medo de ser ridicularizado, não correspondido ou desprezado. Andou até Annie e colocou suas mãos no rosto dela.
- Certo, vou te dizer o que eu estou pensando. Primeiro, não sei de onde você tirou que eu gostava da sua irmã de um jeito diferente. Segundo, não sei de onde você tirou que você gostava do meu irmão. E, terceiro... - Ele suspirou, como se juntando forças para continuar - não sei por que apaixonar-se por mim parece-te uma ideia tão absurda e... ruim. Porque, sabe... tudo seria tão mais simples, quero dizer, se você gostasse de mim, e... recíproco...
Ele tirou suas mãos do rosto dela e esperou por uma reação. A cada palavra dita por Tiago, Annie torcia mais forte a barra de seu casaco. E quando Tiago terminou seu discurso, a primeira coisa que fez foi separar as mãos dela do casaco. Os dois ficaram lá, de mãos dadas, encarando-se, pensando qual seria a próxima coisa a ser feita.
Tiago, observando a reação, ou falta de ação de Annie, decidiu soltá-la.
- Certo. Se isso é o que você quer, então eu não toco mais no assunto. - Tiago ameaçou voltar para a sala de televisão, mas ouviu a voz fraca de Annie.
- Calma, espera, Ti... - Annie quase nunca chamava Tiago pelo apelido. - Eu... é que...
Tiago encarava-a com uma expressão de riso. Ele sabia que ceder, admitir e perder coisas nunca fora o forte dela. Annie encarou-o com um olhar suplicante, que dizia "eu tenho mesmo de passar por isso?", e Tiago lançava-lhe um que podia ser interpretado como "sim, você tem".
- É que, Ti, eu não queria gostar de você.
- Ótimo começo.
- Cala a boca, você sabe que isso é difícil pra mim. Por que faz isso comigo? Que idiota, você sempre faz isso e...
- Continua, Annie, não muda de assunto.
Annie apertou os olhos. Ficou parada um instante, olhando pra cara de zombador de Tiago. Olhou para baixo, respirou fundo, depois deu dois passos à frente, alcançando Tiago, então aproximou-se dele suavemente, e, por fim, beijou-o.
Tiago, surpreendido, demorou a perceber que aqueles lábios macios colados aos dele eram de Annie. E demorou a perceber que aquele sonho de beijá-la, que ele tinha desde a sétima ou oitava série, finalmente estava se realizando. Ele então tocou o rosto de Annie, com delicadeza, quando se separaram, e pôde ver o brilho nos olhos dela. E ela pôde ver o quão corado ele estava. E no rosto de ambos estava estampado um semblante óbvio de que eram, sem dúvidas, apaixonados um pelo outro. De certa forma, sempre foram.
- Ti... é que, eu...
- Eu sei. Eu também.
xx Fim! :D
Um comentário:
amei essa história *--*
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