quarta-feira, 30 de setembro de 2009

sobre o vazio

é grande, imensurável, por muito tempo é tão,
é implacável, é sinistro, é indescritível e em vão,
é o nada, que nos consome tudo,
num preto e branco cinema mudo

é um saco sem fundo, uma escada sem fim
é sorte do avesso, carvão de marfim
é tudo e é nada, é nada e enfim,
o nada me rouba o tudo, tudo que há dentro de mim

ocupa espaço no momento desocupado
se alimenta de vestígios de amor decepcionado
não aceita trégua, é uma batalha infindável
é um vazio profundo, uma doença incurável

2 comentários:

Anônimo disse...

Segundo Sartre, é a angústia do nada, do vazio, que faz buscar algo para preechê-lo.Pois só o vazio pode ser preenchido.
E que esse vazio seja preenchido com sapiência e sensatez!

Anônimo disse...

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