Já cansada de todo aquele desassossego, foi até o quarto com passos lentos, contendo a ansiedade e a dor de cabeça. Ela estava ofegante, a respiração era difícil ali perto. Respirou fundo e abriu a porta lentamente. Como ela detestava aquele quarto. As cores, o cheiro, o ambiente. Cheirava a insatisfação, era insuportável. Antes de pronunciar algumas palavras malcriadas, lembrou-se de que não podia abrir a boca, senão o desassossego só aumentaria, e ela não queria isso. Precisava manter-se calada. No final das contas, foi naquele quarto que ela aprendeu a ficar calada, embora irredutível. Deu um passo. Adentrou o quarto. Ela conhecia bem aquele quarto - passara muito tempo lá, cumprindo suas obrigações. Parou e refletiu um instante se ela precisaria de algo além das suas mãos para livrar-se do estresse, e concluiu que algumas substâncias seriam perfeitamente úteis. Mas tudo estava bem ali, a alguns metros dela. Continuou andando. Segundo o relógio, foi tudo absolutamente rápido - como se um botão de 'desligar' tivesse sido apertado no estresse dela. Com suas mãos e algumas substâncias, ela se livrou das suas dores de cabeça, de suas preocupações...
Tomou uma neosaldina e saiu do quarto de sua mãe, antes que ela, uma velha rabugenta como ela só, acordasse e a mandasse calar a boca.
Um comentário:
Gostei mt do texto, tá mt bem escrito... Gostei da surpresa do final, em q acaba revelado q o quarto na verdade é da mãe, mt legal =)
PS. Te amo hehe <3 <3
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