domingo, 5 de setembro de 2010

eu e o sadismo

Eu odeio muitas coisas. Tenho rancor de muitas coisas.

Tenho mania de achar defeitos nas pessoas e de apagá-las da minha vida, do meu orkut, da minha vida. Divirto-me em apontar seus defeitos (em uma sala privativa, em minha mente) e procuro motivos para justificar por que sou melhor que essas pessoas. Todas. Ridicularizo-as, transformo-as em personagens dentro de minha cabeça, personagens abióticos, estúpidos; uma segunda versão de sua verdadeira existência - ou a minha sincera opinião sobre sua personalidade.

Eu PRECISO me sentir maior e melhor. Eu PRECISO de alguma coisa que me diferencie dessas pessoas. EU NÃO AGUENTO a idéia de ser comparada com pessoas das quais eu não gosto. EU NÃO SUPORTO o fato de que somos da mesma espécie; então invento motivos para dividir as pessoas em castas, um nível mais especializado do que espécie, sub-espécie ou raça.

Em parte, essa necessidade, sadismo, estranheza, metidez... tudo mascara uma mistura de insegurança com uma ânsia por auto-afirmação que são muito características minhas. Minha necessidade de me expor aqui também expressa a vontade por mostrar ao mundo como penso, como sou diferente, como, apesar de tudo, preciso que me compreendam, que compreendam como eu sou, e que me deixem em paz.

3 comentários:

Zero disse...

eh brucks, pior que eu sinto como você se sente. eu passo pelo mesmo. eu uso do mesmo expediente.
a parte ruim é que vez ou outra eu encontro alguém que realmente é "superior" a mim, nessas horas eu provo amargamente da minha pequenez

vmbsf disse...

Não apagamos nossa história,o passado faz parte da constituição da nossa personalidade, queiramos ou não, apreciemos ou não. Podemos apagar contatos, ignorá-los, mas sempre farão parte de nós.
Aliás, devemos conservá-los para nos lembrarmos do motivo pelo qual escolhemos nos diferenciar deles.
Você, às vezes,apaga pessoas que não mereciam tal atitude.

Marina Silva e Siqueira disse...

o quão ridicula sou eu na tua mente? rsrs .. na minha voce ainda é um ser humano, desculpa